quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Estimativas para o consumo de vinho brasileiro


CONSUMO DE VINHO PODE CRESCER de 2 para 8
 
 
 
garrafas per capita!

 

 


O consumo de vinho dos brasileiros poderá aumentar de duas para oito garrafas per capita
 
por ano, tornando o País um dos maiores mercados da bebida no mundo, segundo o
 
coordenador  do Comitê do Vinho da Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomércio), Didú Russo. A meta foi calculada com base no potencial de mercado, que é de




30 milhões de pessoas com condições de comprar uma garrafa por semana, e no preço
 
médio gasto pelo brasileiro com vinho, que é R$ 25.

Esse aumento de consumo será possível com a desistência do governo em impor
 
salvaguardas ao vinho importado. Quem pediu o cancelamento da medida foi o próprio
 
Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin), órgão que antes defendia restrições aos produtos
 
estrangeiros.







O fim das exigências ocorreu após um acordo entre os principais grupos de importadores e
 
fabricantes brasileiros. Como contrapartida, os importadores concordaram em aumentar
 
para 25% a presença de vinhos finos nacionais nos supermercados e para 15% nos
 
comércios varejistas.





Para o diretor presidente da Vinícola Casa Valduga, João Valduga, o que se estabeleceu foi
 
um "acordo de cavalheiros", que evitará o desperdício de 28 toneladas de uvas viníferas (
 
(usadas na fabricação de vinhos finos). "Se os importadores nos ajudarem um pouco (os
 
fabricantes), como eles prometeram, nós conseguiremos salvar o setor vinícola brasileiro",
 
afirma.



Os importadores, entretanto, destacam que o comércio de vinhos não deve continuar com a
 
rota média de crescimento de 15% ao ano. O dono da importadora Decanter, Adolar Léo
 
Hermann, explica que fatores como a queda na safra 2012/2013 influenciarão o setor, mas
 
que a importação não será prejudicada pelo acordo. "Todo importador vai se dedicar de
 
alguma forma ao vinho nacional, deixando um espaço que é justo", diz.





Fabricantes e importadores afirmam que a carga tributária sobre o vinho ainda é o maior
 
empecilho para o desenvolvimento do mercado no Brasil. "É necessário reduzir o ICMS de
 
25% para no máximo 18%. A salvaguarda seria um retrocesso de 10 anos", afirma o
 
presidente da importadora Mistral, Ciro Lilla.

 
O presidente da Vinícola Miolo, Darcy Miolo, diz que o desinteresse do brasileiro em
 
consumir vinho se deve às altas taxas, que encarecem o produto final. "Com uma redução
 
de impostos, a quantia que conseguiríamos baixar seria repassada diretamente ao
 
consumidor", diz

 
As associações contam ainda com a criação de um Fundo de Investimento para o setor, de
 
acordo com Didú Russo. A ideia, que tem como objetivo estimular o consumo nacional, será
 
discutida na próxima reunião do comitê da Fecomércio, na segunda-feira.

Fonte: Estadão

 

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