sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Altos Las Hormigas

 O Produtor e sua obra

A vinícola Altos Las Hormigas foi criada em meados da década de 90, a partir da compra de uma propriedade em Luján de Cuyo pelo conhecido enólogo italiano Alberto Antonini – que já prestou consultoria para a Concha y Toro, Bodegas Nieto Senetiner, entre outros - e o empresário Antonio Morescalchi. Pouco depois, o negócio ganhou novos sócios, entre eles outro enólogo italiano, Attilio Pagli, e a empresa começou a conquistar seu espaço.

Ele foi indicado para a lista dos "100 Melhores Vinhos do Mundo" da Wine Spectator por diversos anos consecutivos e também é descrito como "soberbo" por Robert Parker.

Sempre recomendado para uma seleção de um restaurante para a formulação da Carta, pois pode agradar aos clientes interessados em "best-values", sendo portanto um vinho que não desagrada pois possui qualidade e bom preço, valores interessantes para qualquer dia da semana e adequado também pela versatilidade nas harmonizações.

Alto Las Hormigas




Região: Vinhedos da região da Consulta, Vale de Uco/Mendoza

Uvas: 100% Malbec (50% das uvas são de vinhedos próprios (aproximadamente 10 anos) e 50% das uvas são compradas de outras bodegas com contrato de qualidade.

Detalhe da Vinificação: A fermentação/maceração acontece por 15 dias com uma opreração de "remontage" diária. Maturação: Somente uma parte do mosto fica em barrica de carvalho por 9 meses. O vinho não é filtrado antes de ser engarrafado.

Safra: 2009

Dados Organolépticos

Visual:
Límpido, não tem transparência- certa opacidade, brilhante.
Coloração Rubi intenso e profundo com toques violáceos.

Aroma:
Aroma franco, sem defeitos.Aromas intensos, fragrantes de fruta. Notas de flores. Notas empireumáticas, como o tostado.

Palato:
Corpo médio a encorpado, nível baixo de taninos. Trata-se de um vinho sapiente, que                    promove  a  salivação, devido a boa presença de acidez, em equilíbrio. Frescor e volume em boca ao     mesmo tempo. Presença de álcool em equilíbrio. Persistência em boca "6".

Teor Alcoólico: 14,6% Vol

Harmonização:
Uma boa pizza untuosa, encrementada, bem como massas e uma carne 
macia, untuosa.
Preço: R$ 38,00

Importador: Mistral












sábado, 23 de outubro de 2010

Antawara 2009, um belo corte




Dia desses degustei o vinho: Antawara 2009, vinho este que chamou a atenção, pois para mim se tratava de um blend de uvas delicioso e que continha no corte uma  que estou conhecendo aos poucos, a Carignan.

Realmente apreciei o vinho por apresentar este belo corte.  Lendo uma nota do Marcelo Copello sobre o Antawara Syrah-Carignan blend 2009 (http://www.marcelocopello.com/), a minha avaliação precoce só se confirmou!




Sobre O Produtor
(segundo a importadora Vinissimo)

“Ao utilizar práticas ecológicas e sustentáveis, esta jovem bodega, com vinhedos em cinco diferentes vales, expressa como poucas as características dos terroirs chilenos e toda a tipicidade das castas”

Antawara é uma jovem bodega pertencente ao grupo Mosaïque Vinhos. O produtor investiu em modernos equipamentos de vinificação e na compra de barricas francesas e americanas, para a produção de suas duas linhas: Blend, composta de três tintos – mesclas de Cabernet Sauvignon / Carménère, Merlot / Cabernet Franc e Syrah / Carignan, com passagem por seis meses em barrica –, e a Antawara Valle Collection, com os excepcionais varietais Sauvignon Blanc, Cabernet Sauvignon, Carménère e Syrah.

Os vinhos tintos são fermentados em tanques de aço inoxidável e amadurecem durante doze meses em barricas de carvalho francês de primeiro e segundo usos.



Ecologia e Sustentabilidade

A vinícola foi engenhosamente concebida segundo critérios ecológicos e sustentáveis, que incluem o uso da gravidade para realizar a movimentação dos vinhos, geradores de baixo consumo para a economia de energia e um sistema de isolamento de calor e radiação externa que permite a redução de emissões de gases. Essas práticas possibilitam à Antawara produzir vinhos de alta qualidade e expressão, sem danos ao meio ambiente, e com toda a tipicidade das castas.







Antawara Blend Syrah – Carignan 2009

Produtor: Antawara

Região: Chile/ Vale Del Maule

Uvas: 80% Syrah/ 20% Carignan

Importadora: Vinissimo

Dados Organolépticos


 
Visual : Rubi profundo com reflexos violáceos, de pouca transparência, aparentemente jovem e de boa densidade (álcool).

Olfato: Aroma franco (sem defeitos) Aromas de frutas frescas e de flores (aroma perfumado proveniente da uva Carignan).

Gustativo: Trata-se de um vinho jovem, de persistência média para boa, de bom corpo, apresenta taninos aveludados mas também uma boa acidez. Dá a sensação de degustar um vinho que “explode” frutas. Presença de especiarias.
Harmonização: Carnes vermelhas, queijos tipo gouda e ementhal, massas com ragú de carne e cordeiro.

Preço: 40,00









segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Douro Boy e o Van Zeller Rosé

Cristiano Van Zeller, proprietário juntamente com a família Soares Franco, da Quinta do Vale Dona Maria e um dos integrantes do grupo de enólogos conhecido como Douro Boys.

Cristiano Van Zeller - Um "Douro Boy"



Van Zeller é um dos “Douro Boys”, grupo de cinco enólogos da nova geração que vem dando novos ares ao vinho português. Ele situa Portugal no mapa mundial de vinhos, mostrando que o país hoje é o 10º maior produtor do mundo e o 7º da Comunidade Européia.

Países como Estados Unidos, Argentina, Alemanha, África do Sul, Austrália e Chile estão na frente dos lusitanos, mas se percebe  que a qualidade do vinho português tem mostrado ótima média de qualidade.

O "Douro Boy" também cita as regiões vitivinícolas mais significativas do seu país, com destaque para a do Vinho Verde, Tejo, Lisboa, Douro (Porto), Alentejo, Bairrada, Dão, Península de Setúbal, Açores e Madeira.


Acrescento aqui que as produções de vinhos de mesa portugueses vem tendo mais espaço em Portugal ao contrário de tempos passados, para evitar a perda dos demais consumidores de vinhos, além dos destacados pelo consumo dos Vinhos do Porto. Neste novo panorama, a produção de vinhos de mesa no país se aprimorou radicalmente colaborando para promover as  uvas autóctones do Portugal para outros continentes.




Van Zellers Douro Rosé


Visual : De cor rosa intensa, lágrimas aparentes na taça.

Aroma: Vinho fresco vibrante, de grande concentração e aromas frutados, boa sapidez.

Palato: Frutas frescas vermelhas. Bom equilíbrio de acidez e açúcar/álcool.

Persistência retro-olfativa: Ótima e agradável persistência.

Grad. Alcoólico: 13,4%

Harmonização: Entradas de pães e patês, Pizza acompanhada de presunto parma, quiches leves, tortillhas.

Preço: Excelente custo benefício, na faixa dos R$ 30,00, disponível em várias casas especializadas.







sábado, 16 de outubro de 2010

Degustação - CONO SUR PINOT NOIR





O vinho chileno Cono Sur, vem sendo apontada como um grande achado em termos de custo-benefício. Como já sabemos, os rótulos de Pinot Noir sempre são de um teor "deveras salgado", por isso que quando encontro essas surpresas nas lojas especializadas entendo como sendo interessante ressaltar a novidade.
Vinícola Cono Sur
Fundada em 1993, a Cono Sur e é uma subsidiária da gigante Concha Y Toro e vem se destacando por investir na produção de vinhos orgânicos, resultado de um projeto iniciado em 1999.
Dados Organolépticos

Vinho: Cono Sur Pinot Noir 2008

Uva: 100% Pinot Noir

País/Região: Chile/Colchágua

Solo: Aluvial , pouco fértil

Clima: Noites frescas e manhãs enevoadas.

Vindima: Combinação de mecânica com manual, na data de 29 de março de 2008 


Visual:  Rubi límpido, leve transparência
                Presença de lágrimas medianas

Aroma: Intensamente aromático, aroma de frutas vermelhas. Frescor perceptível em nariz.

Gustativo:  Com acidez equilibrada, mostrando-se com uma sapidez interessante. Muito frutado mostrando traços de ameixa, geléia de morangos, cereja, groselha. Um leve toque de canela.Aromas que remetem também: cacau, tabaco e pimenta. Sem amargor no final, nota-se a presença do álcool, mas não chega a incomodar.
Presença de taninos em equilíbrio. Um vinho interessante para se harmonizar com variados pratos de leve a média estrutura.

Persistência retro-olfativa: boa

Madeira : 35% em barricas francesas e 65% em tanques de aço inoxidável.

Engarrafamento: Julho de 2008

Grau Alcoólico: 13,5 graus

Harmonização: Pizzas, Pratos com cogumelos, massas com molho pesto, entre outras possibilidades.

Preço: 32,00

Importador: Vila Porto Internacional Business

 Segundo o Produtor, sobre os rótulos do Cono Sur, "Bicycle":

"The Bicycle range carries the bicycle as its main icon; it symbolizes Cono Sur’s spirit of innovation, passion, commitment and respect for the environment, as well as its persistence in always finding the latest techniques in the vineyards and winemaking, in order to take care of the land where the grapes grow."



A Cono Sur é conhecida por ser uma das vanguardistas na produção de vinhos de uva Pinot Noir no Chile, salientando sempre buscar através de seus esforços o êxito dos vinhos Pinots na Borgonha.

 

domingo, 10 de outubro de 2010

O SERVIÇO DO CHAMPAGNE, Qual a melhor maneira?



posição inclinada no servir o espumante (foto AP /Estadão.com.br)

Lendo o site do Enoeventos encontrei essa matéria ("O SERVIÇO DO CHAMPAGNE, Qual a melhor maneira?") sobre o melhor serviço de servir um espumante, eu gostaria de dividir essa informação com vocês!


Segue a matéria na íntegra:

“Cientistas franceses descobriram o segredo de manter as borbulhas em uma taça de Champagne: sirva-a como se fosse cerveja, mantendo a taça inclinada e derramando o vinho cuidadosamente na lateral. O estudo revela que o espumante conserva as bolhas por mais tempo quando servido dessa maneira, em lugar da forma usual de derramá-la com a taça na vertical e esperar a espuma sentar para completar o nível.


Controvérsias

No entanto, Tom Stevenson, coordenador do painel de Champagnes do Decanter World Wine Awards diz: "Servir um Champagne como se fosse uma Lager é visto como cafona. Nem em um milhão de anos, você verá um sommelier servindo dessa forma. Servir da forma como é feita atualmente é melhor, já que permite que o CO2 escape da taça impedindo que as borbulhas cheguem a seu nariz."


Espumante na temperatura ideal

A pesquisa também descobriu que um Champagne servido a temperaturas mais baixas conserva melhor a espuma. A temperaturas mais altas, o dióxido de carbono se perde mais rapidamente. "O serviço à moda das cervejas tem muito menos impacto na dissolvição do CO2 do que o estilo usual, especialmente a baixas temperaturas (4-12°C). O primeiro método é muito menos agressivo do que o segundo", diz o estudo.

O relatório publicado no Journal of Agricultural and Food Chemistry foi conduzido por Gerard Liger-Belair, um professor da Universidade de Reims e autor do livro Uncorked: the Science of Champagne.”

Segundo comentários de alguns internautas que leram o artigo publicado na Enoeventos, um deles enriquece a matéria dizendo que “estudos recentes recomendam ainda que o Champagne deve ser armazenado de pé, tratando-se de uma tendência nova, mas que parece ter procedência. Desse modo, nem deitada em adega, nem em geladeira, o que implica no desenvolvimento de novo tipo espaço (provavelmente, de pé nas adegas maiores).”

Outro internauta complementa dizendo que leu um artigo que descreve sobre a perda de CO2, quando o serviço é realizado com a taça na vertical: “Retornando da Europa sábado, a bordo da Air France, lí um comentário sobre o assunto no "Le Figaro" de 21/8. O texto informa que em média existem 12g de CO2 por litro de champanha e a diferença entre as perdas é de mais de 1,5g quando a taça está na vertical. Mas a tradição manda servir com a taça na vertical...”

Independente de como você opte por servir na taça, vamos admitir que o espumante é o melhor vinho para harmonizações, devido a sua versatilidade e simpatia com diversos tipos de pratos e também por facilmente se integrar, celebrando  serelepe e borbulhante com as pessoas!!

Para isso, não deixem de fazer uma rica pesquisa sobre os rótulos de espumantes a se adquirir neste final de ano. Aproveitem para treinar antecipadamente essa forma de servi-lo para atingir a perfeição na sua bela ocasião de ano novo!!!

(http://www.enoeventos.com.br/201003/champagne/champagne.htm)












(http://www.enoeventos.com.br/201003/champagne/champagne.htm)

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Grandes Mulheres - Elisabeth Bollinger

Elisabeth Bollinger
 
Ativa, sorridente, com fama de anfitriã encantadora, Elisabeth Bollinger também era uma incansável mulher de negócios. Veio da família Lauriston e casou-se com Jacques Bollinger.

Diferentemente da jovem Nicole Barbe, (que posteriormente se torna a madame Ponsardin) Elisabeth”Lily” Bollinger tinha profundos conhecimentos sobre Champagne, despendendo vinte anos experimentando ao lado de seu marido.

Viúva aos 42 anos, ela comandou os destinos da vinícola da família do marido desde 1941, após a morte de seu marido e em plena Segunda Guerra, quando a França estava ocupada pelos nazistas, até 1977.


Bicicleta

 
Muitos indivíduos teriam vendido suas firmas, quando houve o racionamento da gasolina, mas “Lily” driblou esse problema se movimentando para os vinhedos com uma bicicleta.

A casa de Bollinger mesmo com uma excelente produção resistiu a um cuvée prestígio, insistindo que o seu ChampagneVintage já era o melhor vinho que poderia produzir.




Por último, no entanto, Madame Bollinger entrou no mercado super premium, em 1961. Ela não produziu uma mistura especial ou usou uma garrafa especial estilo Champagne Super Premium, como Moët & Chandon tinha feito quando da introdução de Dom Perignon, ou até mesmo repetido o estilo Veuve Clicquot, como esta fez ao lançar "La Grande Dame".

Bollinger RD




Em vez disso, ela escolheu a safra e selecionou uma pequena porção de seu champanhe vintage nas borras (a levedura morta a partir da fermentação secundária), por mais uma década para obter uma maior complexidade. Assim, sem mudar a mistura, nem a garrafa, ela criou 'Bollinger RD' como seu engarrafamento prestígio, abreviação do  disgorged (lembremos: disgorgement é a parte final do processo, inventado por Veuve Clicquot, que remove as leveduras mortas).

Blanc de Noir

 
Tradicionalmente o Champagne é produzido a partir de um corte de cerca de 30% de vinhos brancos originados a partir de uvas tintas, o rosé com corte de vinhos tintos, o blanc de blanc, apenas com uvas brancas e o blanc de noir elaborado apenas com uvas tintas.




“Lily’” criou um Champagne estilo blanc de noir chamado "Vieilles Vignes Francaises", causando frisson numa habitual produção de blancs de blancs em Champagne.



Tia Lily, como todos a chamavam, era excelente degustadora. Deu vida nova à maison Bollinger, fundada em Aÿ em 1829, principalmente com a abertura de outros mercados. Para aumentar o relacionamento comercial, visitava periodicamente os agentes que distribuíam seus produtos e clientes em todo o mundo. Não teve filhos, mas imprimiu a marca de sua personalidade à Bollinger, onde seu nome é lembrado até hoje com carinho. A propriedade pertence atualmente a seus sobrinhos.

Bollinger e sua aparição num cinema moderno

Em 2009 criou-se uma embalagem diferenciada a partir do sucesso de um personagem célebre - James Bond - e a sua predileção pelos Champanhes Bollinger. Na maioria dos seus episódios Bond era cenografado bebendo o famoso Champagne. A embalagem especial foi lançada durante o filme Quantum Of  Solace.
Foram produzidas 207 coolers, uma alusão a 200 + 7 unidades, homenagem a 007. Seu formato de bala, a famosa "Walther PPK", arma utilizada por James Bond em seus filmes.





sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Degustação Primavera - Alfredo Roca Pinot Noir

Resolvi dar uma pausa para as "Grandes mulheres", imaginei que elas podem tirar alguns dias de folga.

Num dia primaveril, de chove-e-faz-sol, escolhi um Alfredo Roca para combinar com algumas entradas peti-comite que fiz em casa para os amigos.

Coloco aqui minhas impressões sobre este Pinot Noir Argentino, que não se trata de um vinho da Borgonha  mas de qualquer forma é interessante e pode-se afirmar, custo-benefício.
Onde  se cultiva a uva Pinot Noir na região da Borgonha, França o terroir é  muito privilegiado e particular, se situa entre 250-350 mts acima do nível do mar, seu solo é formado por  argila e calcário, perfeito para o desenvolvimento de uma videira.

Em boca o Pinot Noir Francês é ainda mais fascinante. Especialistas remetem uma degustação de Pinots como uma busca na memória de boas coisas da infãncia. Aromas primários de morangos,temperos e textura sedosa, devem impressionar.

Mas vamos aterrisar (srs) pois agora falaremos deste exemplar argentino, que apresenta algumas caraterísticas da uva, mesmo que o nivel de acidez não seja tão destacado quanto comumente experienciado nos vinhos da Borgonha.


Alfredo Roca Pinot Noir



Visual: Rubi límpido, pequeno alo-aquoso.

Olfato: Aromas de frutas vermelhas frescas

Gustativo: Frutado, vinho seco. Morangos presentes, gostoso final em boca. Boa acidez, boa salivação.
Poucos taninos. O álcool prevalece um pouco, vinho de bom corpo, corpo leve.

Obs: Boa acidez, mas não o suficiente para equilibrar com o nível de álcool
         Leve amargor.

Safra: 2007

Região: San Rafael , Argentina

Importadora: Casa Flora